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Quer emagrecer e não consegue? Endocrinologista lista os 12 erros mais comuns

rodrigohsa

06/07/2017 11h56

Mauricio Hirata, um dos mais renomados endocrinologistas do país (Foto: arquivo pessoal)

 

Ter um corpo em forma, com direito a curvas e abdômen sarado, é o sonho de muita gente. Mas nem todos conseguem ter paciência para seguir a dieta até atingir os objetivos. Para ajudar na luta pela silhueta dos sonhos, conversamos com o doutor Mauricio Hirata, um dos principais endocrinologistas do país, conhecido por mudar o corpo de anônimas e famosas. Ele listou os 12 erros mais comuns cometidos por quem quer emagrecer. Confira, aprenda e boa dieta!

1) Não fazer atividade física ou fazer e achar que está tudo bem

É comum fazermos dieta persistentemente e o ponteiro da balança não abaixar. O nosso corpo tem um mecanismo de defesa que diminui nosso metabolismo quando a ingestão de calorias cai por um período de tempo prolongado.  Algumas pessoas, mesmo fazendo dietas de muito baixa caloria, não perdem peso. Uma forma de alterarmos este platô de peso é a atividade física. "Mas muita gente tende a achar que, se fizer exercício, automaticamente vai emagrecer. E isso não é real", afirma Mauricio Hirata. E dá um exemplo: uma corrida de 5 km gasta apenas 400 calorias, aproximadamente, equivalendo a uma mísera fatia de pizza.

2) Não fazer dieta no fim de semana

Esse é um dos erros mais frequentes, se não O mais. "Em um fim de semana, se bobearmos, aumentamos de 1 a 2 kg. Se o fim de semana for prolongado ou se sairmos de férias, aí a coisa pode ser catastrófica", diz Hirata. Não compensa a gente se matar de fazer dieta durante a semana para perder o esforço no final dela, né?

3) Fazer a dieta da moda

"Não acho que todos os blogs e congêneres que falam sobre dieta ou emagrecimento são ruins, mas existe um grande número de artistas, modelos, políticos, curiosos e outras pessoas sem nenhuma formação na área de saúde opinando e prescrevendo dieta, exercícios, produtos alimentares ou até medicamentos!", alerta. Não se esqueça de verificar qual é o currículo de quem escreve o artigo e veja se o conteúdo não é puramente comercial.

4) Não ler o rótulo dos alimentos

Esta parece fácil, mas os rótulos dos alimentos não são padronizados no Brasil, e nem sempre informam a porção correta ingerida. Por exemplo: a etiqueta dá a porção como três biscoitos, mas ninguém come só três. Outro problema é que eles são escritos em letra pequena, então só descobrimos que um pão de queijo tem 400 calorias depois que comemos dois e usamos a lente de aumento para ver a informação nutricional.

5) Comer pouco e achar que está de dieta

Todo mundo acha que, se comeu pouco, não vai engordar ou emagrecer. Mas temos que tomar cuidado com os destruidores da dieta. Alimentos que são altamente calóricos e servidos em porções pequenas, como coxinha, mel, brigadeiro, bolachas etc., são verdadeiros vilões.

6) Não fazer exames

Toda pessoa que se dispõe a emagrecer deveria fazer alguns exames de rotina e avaliação do coração. Fazer dieta ou exercício sem avaliação prévia pode ser prejudicial. Na menopausa ou nos homens de meia idade, a carência de hormônios sexuais pode ser impeditiva para a perda de peso e o aumento da massa muscular. Por outro lado, se a reposição hormonal não for bem balanceada, o próprio tratamento hormonal pode aumentar a gordura corporal. Também é importante avaliar a função da tireoide e o metabolismo da insulina.

7) Achar que pode emagrecer sem medicação quando ela é necessária

A obesidade é uma doença crônica, que deve ser tratada como doença. Estudos multicêntricos revelam que o índice de obesos que emagrecem e permanecem magros somente com dieta, comparada aos que tomam remédios, é infelizmente ínfimo. Mesmo com a cirurgia bariátrica, o índice de pessoas que engordam e não se cuidam após cinco anos também é bem alto. "Não temos a cura ainda para a obesidade, mas as novas medicações estão cada vez mais seguras e sem efeitos colaterais, e o futuro é promissor", afirma Hirata. "Mas atenção: isso não vale para pessoas que têm que emagrecer pouco ou com sobrepeso", completa.

8) Estilo de vida errado

É praticamente impossível emagrecer se você trabalha loucamente, sem tempo para se exercitar, ou se tem jantares e almoços de negócios ou lazer diários. O processo de emagrecimento passa por mudanças na rotina de vida, como perder menos tempo em congestionamentos e almoçar ou pelo menos jantar com a família em casa.

9) Parar a dieta depois de alcançar o peso

A manutenção do peso talvez seja mais difícil do que a perda em si. "Muita gente acha que a dieta serve somente para o período em que desejamos emagrecer. Na verdade, temos que aprender a comer para mantermos o peso", afirma Mauricio Hirata. A maior parte das pessoas só sabe perder peso e não se condiciona a se alimentar e não engordar. É preciso controle e disciplina para não recuperar o que foi perdido.

10) Procurar culpados

Sempre que voltamos a engordar, tentamos encontrar um culpado: é o marido ou esposa que não coopera, o médico ou a nutricionista, o restaurante do trabalho que não presta… Na verdade não existe culpado; nem mesmo você tem culpa de nada. A obesidade é um processo que se instala muitas vezes de forma incontrolável. O comer é um ato complexo, que possui diversas variáveis, e que pode, em situações extremas, ficar sem controle. "Nestas situações, não existe força de vontade, o que há é um desequilíbrio de neurotransmissores, que deve ser tratado corretamente", afirma Hirata.

  11) Dormir pouco

Dormir menos do que 6  horas por noite engorda. Isso porque a noite mal dormida diminui o nosso metabolismo basal e aumenta a produção de cortisol do nosso organismo, o que aumenta a glicemia e a insulina. Além de engordar, a chance de nos tornarmos pré-diabéticos ou diabéticos aumenta em quase 40%. "A falta de sono reparador também diminui a secreção de hormônio de crescimento (GH), que tem ação importante nos processos de envelhecimento celular", ressalta.

12) Tomar álcool

Para muitas pessoas é difícil eliminar o álcool do dia-a-dia, muitas vezes por conta de eventos sociais ou de negócios, mas o fato é que uma das causas mais importantes para o ponteiro da balança não abaixar é o consumo de bebida alcoólica. O álcool, além de ser calórico, aumenta a produção de insulina no nosso corpo, favorecendo a absorção dos alimentos. "A cerveja, por exemplo, é como se fosse um pão líquido, só que piorado em termos calóricos", diz Hirata. Quando tomamos álcool durante um período de tempo, nosso corpo se comporta como se fosse diabético ou pre-diabético. "Outro problema é que as bebidas alcoólicas, se tomadas em excesso, nos tornam sarcopênicos, ou seja, com massa muscular diminuída, mesmo fazendo exercício", diz. Por isso atletas não bebem. Deixe para beber na fase de manutenção, e ainda assim com moderação.

Sobre o autor

Amaury Jr. é jornalista e apresentador de TV. É o mais conhecido colunista social do Brasil e considerado o criador do colunismo social eletrônico no país, onde mantém um programa de TV há 39 anos ininterruptos.

Sobre o blog

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Amaury Jr.