RIR 2017: Rei dos mashups, dono do hit 'Michael Douglas' agita Palco Eletrônica
Rei dos mashups e dono do sucesso "Michael Douglas", João Brasil é um dos maiores nomes que o Rio de Janeiro trouxe para a nova cena musical brasileira. Mas de iniciante João não tem nada… João é DJ e produtor há mais de 10 anos, já gravou disco em gravadora e até apareceu no "Faustão" – de roupão, meia e chinelos.
O esforço parece ter valido a pena. João é um dos brasileiros convidados para comandar as pick-ups do Palco Eletrônica da 17ª edição do Rock in Rio neste sábado (16). Em entrevista ao Blog do Amaury Jr., o brasileiro adianta o que podemos esperar de sua apresentação:
BLOG DO AMAURY JR.: Como foi o processo para participar do Rock in Rio este ano, a convite dos organizadores? Qual foi sua primeira reação?
JOÃO BRASIL: Eu fiquei muito surpreso e feliz quando me convidaram para tocar no Palco Eletrônica, que está gigante esse ano. É um reconhecimento do trabalho que venho desenvolvendo há mais de uma década. É o maior festival do país e um dos maiores do mundo, não tem como não se emocionar.
BLOG DO AMAURY JR.: O que podemos esperar do seu set no RIR?
JOÃO BRASIL: Será o show de lançamento do meu novo EP, "#Naite". Vai ser uma grande festa, com misturas de funk, música eletrônica e pop. Será meu maior show até hoje, com um grande painel de LED, fogos e outras surpresas. Vai rolar participação do Brazza Squad e muita interação com a platéia também.
BLOG DO AMAURY JR.: Você imaginava que um dia o funk ganharia espaço em eventos conhecidos mundialmente como o festival?
JOÃO BRASIL: Foi realmente uma vitória, o Rock In Rio é um festival de música, de todos os estilos. Fico feliz de representar o funk, com as misturas que faço no festival. Quem sabe um dia, no futuro, teremos um palco destinado ao estilo? Seria incrível.
BLOG DO AMAURY JR.: E você vai querer assistir a quais shows dessa edição?
JOÃO BRASIL: Guns N' Roses com Axl e Slash juntos será imperdível, infelizmente não estava presente em 91. Quero muito assistir o Nile Rodgers com o Chic – o Nile é um hitmaker e guitarrista do qual sou muito fã. Quero assistir meus amigos do ZZs (Zeh Pretim e Zedorroque) também, eles tocam no mesmo dia e palco que eu.
BLOG DO AMAURY JR.: Existem projetos de parceria com algum outro cantor para lançamentos futuros?
JOÃO BRASIL: Nesse meu novo EP tem parcerias com o Dennis DJ e com o duo de música eletrônica Brazza Squad. Estou produzindo uma música para o novo disco da Marina Lima também.
BLOG DO AMAURY JR.: "Michael Douglas" foi seu grande hit. Considerando que o genro dele é brasileiro, você sabe se o ator já ouviu a música?
JOÃO BRASIL: Caramba! Não sabia que o genro dele era brasileiro! Se o Michael ouviu ainda não fui comunicado. Quero muito que ele ouça. Se souber de alguma coisa me avise por favor!
BLOG DO AMAURY JR.: Como você vê a evolução e futuro do funk?
JOÃO BRASIL: O funk, esse que nasceu no Rio, hoje se espalhou para o resto do Brasil e para o mundo. Ele influencia diversas cenas musicais, como o sertanejo, por exemplo. Os produtores musicais estão misturando todos os estilos possíveis com o funk. O futuro do funk é hoje. A Anitta, uma das maiores cantoras de pop do Brasil, veio do funk. Vejo o funk com cada vez mais presença nos festivais de música eletrônica também, até porque, funk é música eletrônica. Obviamente não é house, nem techno, mas também é feita por computadores, softwares e samplers.
BLOG DO AMAURY JR.: Qual a sua opinião sobre a proposta política de criminalizar o funk?
JOÃO BRASIL: Isso é triste, absurdo e preconceituoso. É a confirmação do atraso que vivemos no nosso país. Como assim criminalizar um estilo musical? É como querer criminalizar o blues nos EUA. Isso, na minha opinião, não deve nem ser pauta para discussão. Temos coisas muito mais importantes e sérias para serem discutidas.
BLOG DO AMAURY JR.: Revela pra gente um perrengue de início de carreira
JOÃO BRASIL: Um perrengue com final feliz: Estava tocando numa festa que fazia com amigos, chamada Calzone, e do nada o mixer e os CDJs travaram, o som na pista parou, não sabíamos o que fazer! Comecei a cantar "parabéns para você" de improviso e nervosismo, para ganharmos tempo e tentar reiniciar os equipamentos. Do nada, sem planejamento, apareceu um bolo com velas. Era aniversário de alguém na festa e não sabíamos da existência desse bolo. Toda a festa começou a cantar parabéns e conseguimos ganhar tempo. Assim que terminou o parabéns, voltamos com o som a toda. Desde esse dia, sempre que o meu equipamento trava, eu canto "parabéns para você". Sempre irá existir um aniversariante no local – #ficaadica.
(Por Natália Antunes)
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