Rei do fetiche esnoba parceria com Netflix: "Eu não queria baixar o nível"
O universo em que o promoter Heitor Werneck transita é bastante peculiar para quem não está inserido no ambiente fetichista. Ele e os assíduos frequentadores do Luxúria – projeto que comanda no centro de SP – acreditam que os seres humanos se dividem em "dominadores" e "submissos". O mundo do fetiche é levado muito a sério por lá. Tão a sério que o promoter acaba de dar uma esnobada na gigante Netflix.
É que Werneck está produzindo um curta-metragem, chamado "Prazeres", que mostra bem esse universo do fetiche. No filme, um labirinto leva um visitante a conhecer diversos cômodos, com diferentes fetiches representados em cada um: do Shibari, que é uma técnica de amarração japonesa, ao 'Pet Play', em que pessoas se vestem e se comportam como se fossem cachorros. E tem ainda espancamento, dança burlesca, balão de sufocamento e muito látex. Tudo com gente que frequenta o projeto e pratica esses fetiches.
A produção chamou a atenção da Netflix, e houve um início de negociação entre a empresa e o promoter. A ideia era que a Netflix utilizasse o material de Werneck para um documentário sobre o tema. Mas a parceria não foi para frente por escolha do próprio Heitor. A razão? "Eles queriam que eu usasse putas de site, mulheres 'fake'. Eu filmo pessoas reais. Eu não queria baixar o nível. Não quero minha imagem e nem a da festa ligadas a isso."
O filme de Werneck ainda está em fase de filmagens, e deve ser lançado em novembro.
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