Salma Hayek conta que recebeu ameaças de morte de Harvey Weinstein
Mais uma celebridade vem a público falar sobre assédio sofrido por Harvey Weinstein. A atriz mexicana Salma Hayek, 51, assinou um texto no "New York Times" desta quarta-feira cujo título é "Harvey Weinstein é meu monstro também". Nele, ela conta as inúmeras propostas que recebeu de Harvey – de tomar banho com ele a deixá-lo fazer sexo oral nela – e até ameaças de morte feitas pelo produtor.
E dá detalhes das dificuldades que teve que encarar durante as filmagens de "Frida", estrelado e co-produzido por ela, e que acabou lhe rendendo uma indicação como melhor atriz, além de levar o prêmio de melhor música original e melhor maquiagem, em 2003.
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Assim que começaram as filmagens do longa – que ela só conseguiu estrelar depois de entrar com um processo contra a produtora de Harvey -, o assédio sexual deu lugar ao assédio moral. Harvey a diminuía como atriz e fazia exigências infundadas – como abrir mão do buço e da sobrancelha característicos de Frida, afirmando que o único talento de Salma era seu sex appeal, e que ninguém queria vê-la naquele papel.
Ele exigiu que ela acrescentasse uma cena de sexo com outra mulher, que não estava no roteiro. Depois de muita pressão, Salma acabou cedendo, mas na hora da gravação ela teve um colapso nervoso. "Meu corpo começou a tremer incontrolavelmente, minha respiração ficou ofegante e eu comecei a chorar e chorar, incapaz de parar", conta.
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Harvey fez de tudo para tirá-la do filme e, quando não conseguiu, tentou prejudicar seu lançamento. Por pouco "Frida" não foi lançado direto em vídeo, sem exibição nos cinemas – um tiro no pé para qualquer produção.
Salma termina o texto alertando para o fato de que, enquanto não houver igualdade na indústria do entretenimento, essa comunidade continuará sendo um terreno fértil para predadores. "Os homens assediam porque eles podem. As mulheres estão falando sobre isso hoje porque, nesta nova era, nós finalmente podemos", finaliza.
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