Antônio Fagundes teme "fim da cultura no Brasil", sem taxa de conveniência
Da redação
O ator Antônio Fagundes, 69 anos, manifestou-se sobre decisão do Supremo Tribunal da Justiça que decidiu, na terça-feira (12), acabar com a chamada "taxa de conveniência" em ingressos de shows e qualquer espetáculo artístico. "Se nós eliminarmos esse serviço, nós estaremos acabando com a cultura no Brasil", disse o experiente ator, em vídeo." Há 53 anos, eu faço teatro sem patrocínio. Dependo única e exclusivamente da bilheteria".
Fagundes disse ainda que constatou em suas peças que, nos últimos anos, 70 a 80% das pessoas compram seus ingressos através da internet. "É justo que se pague uma taxa de conveniência por isso. Os ingressos são vendidos pelo preço real, na bilheteria. Esses 30% que não querem pagar a taxa de conveniência vem ao teatro e compram sem pagar a taxa de conveniência. Por isso, chama taxa de conveniência. É conveniente para essas pessoas pagar o que for exigido para que tenham seu ingresso em casa", disse.
A Terceira Turma do STJ considerou a prática "venda casada", o que é proibido, e ainda mandou que as empresas devolvam o que cobraram nos últimos cinco anos. O caso deve parar no STF.
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