Histórias do arquivo XXXIII
O arroto de Pavarotti
Quando Pavarotti esteve no Brasil a minha decepção no jantar que o Consul da Itália lhe ofereceu foi o sonoro arroto que ele deu bem no meu rosto. Perdoável, por se tratar de Pavarotti.
Na bombástica biografia não autorizada escrita por Herbert Breslin, ex empresário de Pavarotti, o tenor italiano é descrito como um sujeito imaturo, grosseiro, machista e mimado. Ele conta que Pavarotti era agressivo, chamava seus subordinados de burros, não ia ao dentista a metros de sua casa sempre levado pelo motorista. Criticava seu colega Plácido Domingos e saía com muitas mulheres, mas nunca soube que tinha feito algo com elas a não ser tomar chá.
Marilia Gabriela nos contou que foi entrevistar Pavarotti e o tenor lhe pediu que esperasse o sol descer para que seu rosto fosse iluminado na precisa intensidade daquela hora da tarde. Gabi teve aí a maior prova que todas as estrelas conhecem a sua melhor luz.
Enquanto esperava, perguntou ao tenor se ele gostaria de saber quais assuntos ela pretendia abordar. Pavarotti disse que sim e estendeu seu corpanzil numa rede para ouvi-la. Gabi foi lendo pausadamente as perguntas e só parou com o ronco do sono profundo de seu entrevistado. Não acreditou, mas ponderou um homem que canta como ele tem todo esse direito.
E até arrotar no rosto de desconhecidos, sob alegação de que se trata de uma satisfação tradicional italiana.
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