Pessoal e intransferível: uma das tragédias desta geração é o corpo bonito e a alma feia
Da Redação
23/09/2017 15h01
Fotos: Reprodução Instagram
Não sei o que você acha, mas as pessoas andam perdendo a mão nas redes sociais. A coisa tá virando um circo de vulgaridades. Toda lógica passa pelo"Olhe! Estou aqui! Prestem atenção em mim! Não me esqueçam". É a era do egocentrismo. Dá até pra entender certas atitudes necessárias para algumas circunstâncias, como eu mesmo publico frequentemente fotos com meus entrevistados com o objetivo de divulgar nosso conteúdo.
Mas na verdade é preciso reconhecer que jé se foi a era da selfie inocente. O que virou é uma exposição cada vez mais arrojada, o que inclui a nudez que ninguém pediu. Não vai demorar para que essas pessoas conduzam essa sua obsessão exibindo suas cavidades e reentrâncias como se fosse a coisa mais normal do mundo, sem assustar as crianças.
A ordem é viver de frente para o espelho, e de costas para o mundo, uma situação causticante de excessos deploráveis, todo mundo querendo "causar" a qualquer custo, um sinal claro de decadência social. Não que a gente não goste, mas uma das tragédias desta geração é o corpo bonito e a alma feia. Como se bundas e curvas fossem as credenciais mais importantes.
Estão exageradamente tentando se conectar com os outros, a ponto de perder a conexão consigo próprias. É o grito dos desesperados.
Por Amaury Jr.
Sobre o autor
Amaury Jr. é jornalista e apresentador de TV. É o mais conhecido colunista social do Brasil e considerado o criador do colunismo social eletrônico no país, onde mantém um programa de TV há 39 anos ininterruptos.
Sobre o blog
O blog traz notícias, bastidores e informações exclusivas sobre quem é assunto no showbiz, na cultura, na política, nos negócios e em todas as rodas sociais.
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