Inteligência artificial e inclusão: os destaques do 4º Fórum Nacional de Educação e Inovação
O Grupo Lide, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, reuniu um time de peso nesta terça-feira, em São Paulo, para o 4º Fórum Nacional de Educação e Inovação. Empresários, educadores e autoridades públicas foram debater a importância do ensino como impulsionador das competências necessárias para tornar o Brasil um país mais produtivo, eficiente e inovador.
Entre os palestrantes, o Ministro da Educação, Mendonça Filho, o economista-chefe do Instituto Ayrton Senna, Ricardo Paes de Barros, e o CTO da IBM Brasil, Luis Fernando Liguori, que deu uma aula sobre inteligência artificial e suas possíveis aplicações na educação, especialmente à distância.
Assunto de extremo interesse para Fernando Costa, reitor da Universidade Brasil e patrocinador master do fórum, que também participou do evento como debatedor. "A inteligência artificial vai ajudar muito na construção do conhecimento, mas ao contrário do que se pensa, sem substituir o professor. É uma ferramenta, que espero começar a usar em breve", contou ao blog.
Fernando, aliás, participou da abertura do evento, e defendeu a opinião de que o ensino superior não deveria ser público no Brasil. "Os gastos deveriam ir para outras áreas: saúde, educação infantil, habitação… Deixa a iniciativa privada atuar nessa área. Ela tem mostrado competência e eficiência", propôs. O Brasil seguiria o modelo dos Estados Unidos, com financiamento para estudantes de baixa renda. "Quem estuda em universidade pública hoje? Rico!".
O ex-ministro Luis Fernando Furlan, hoje Chairman do Grupo Lide, faz coro: "Eu há anos defendo que a universidade deve ser paga, alocando bolsas de estudo para quem comprovadamente não tem capacidade de pagamento. Então você deixa de ter a escola pública muitas vezes ocupada pela elite, sem contrapartida. Mas essa é uma discussão complexa, já que é obviamente difícil mudar o sistema atual".
Além de Fernando Costa, compunham a mesa de debatedores Viviane Senna, Alberto Leite (CEO da FS), Marcelo Negri (professor da FGV), Decio Correa Lima (Vice-Presidente Corporativo da Universidade Brasil), Ricardo Henriques (Superintendente Executivo do Instituto Unibanco) e Leonardo Framil (CEO da Accenture).
Para o Secretário Municipal da Educação, Alexandre Schneider, que foi representando o prefeito João Doria, um dos grandes méritos do encontro é buscar a inovação e a inclusão na educação. "Isso é muito importante para garantir justiça social. Hoje o Brasil é um país em que os estudantes partem de uma loteria. Dependendo de onde você nasce, isso determina seu futuro", ressalta.
Ainda no tema da inovação, Viviane Senna destacou o fato de que o sistema educacional do mundo todo não mudou quase nada em 200 anos: "Nos últimos séculos tivemos uma revolução tecnológica e científica em todos os aspectos da evolução humana, mas não na educação. Temos exatamente a mesma estrutura educacional do século XIX".
Já o Ministro da Educação, Mendonça Filho, ressaltou a importância de uma mobilização da sociedade na construção de uma educação de qualidade. "Infelizmente a educação no Brasil não é um tema que envolve a sociedade brasileira. Enquanto essa agenda for uma agenda só do governo, a gente vai continuar na rabeira dessa corrida. Ou é uma agenda da sociedade, ou a gente não vai conseguir mudar", afirmou.
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