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Nova biografia revela que David Bowie teve relações sexuais com garotas de 12 a 15 anos e recusou oferta de necrofilia

natantunes

20/08/2017 14h08

A biografia "David Bowie, A Life", tem lançamento previsto para 7 de setembro (Foto: Divulgação)

 

Uma nova biografia sobre o lado sombrio de David Bowie deve chocar os interessados pela vida dentro e fora dos palcos do cantor. Escrita pelo editor da "GQ" britânica, Dylan Jones, o livro "David Bowie: A Life" revela que Bowie foi consumido pela dependência sexual e pela cocaína.

Com lançamento previsto para dia 7 de setembro, o livro afirma que o vício sexual de Bowie o levou a dormir com garotas de 12 a 15 anos, se envolver em orgias selvagens e declarar sua bissexualidade com uma "ereção permanente". Durante sua turnê na Filadélfia, o cantor chegou até a receber uma oferta de necrofilia, que recusou.

A biografia também conta sobre sua fixação por Hitler e sobre os filmes nazistas que assistia quando estava drogado de cocaína. De tanto abusar da substância, o cantor precisou remover cartilagem de seu corpo para enxertar no nariz, e chegou a pesar 43 kg. "David Bowie foi sua própria criação, sua própria obra de arte. O menino de Brixton pós-guerra com suas visões de mundo. Sua carreira profissional inteira foi de mito, lenda e invenção", escreveu o autor.

Com foco no histórico familiar, o jornalista revela que a instabilidade mental por parte de membros do lado de sua mãe, Margaret, explicaria muito sobre o psicológico do cantor. Três de suas tias se suicidaram. Seu meio irmão, Terry, onze anos mais velho, foi diagnosticado com esquizofrenia. Como era fruto de outro casamento, o pai do pequeno David não o aceitava em sua casa. A crise por causa do "bastardo" motivou a mãe a abandonar os filhos.

Introduzido pelo pai na cultura americana, no jazz, nos Beats e nos bares de Londres, foi a partir do meio da década de 60 que o britânico começou a procurar o grupo de música certo, a imagem certa. Reinventando-se a cada 18 meses para chamar a atenção, mudou o nome de David Jones para David Bowie depois que a revista "New Musical Express" começou a chamar Mick Jagger de "Jagger Dagger". Consumido pela sua imagem, ia até Carnaby Street, o centro da moda de Londres, e procurava roupas nos sacos de lixos atrás das lojas já que não tinha dinheiro para pagar. Aos 18, já se maquiava por completo.

Bowie como seu alter ego Ziggy Stardust (Foto: Reprodução)

 

No amor, um relacionamento com a cantora Dana Gillespie quando ela tinha apenas 13 ou 14 anos: "Todos pensavam que ele era gay e um pouco teatral demais", afirma a britânica em entrevista para a obra.

Para escapar do sudeste de Londres, se tornou inquilino da jornalista Mary Finnigan antes de se tornar seu amante. Ela mais tarde descobriria que o cantor a traía tanto com seu guru de palco, quanto com Angela, que se tornou sua primeira esposa. A artista Lindsay Kemp recorda que ele dormia com muitas mulheres ao mesmo tempo em que estava com ela. Em uma dessas situações, ela acordou e ouviu ruídos no quarto ao lado. Ele estava na cama com sua melhor amiga e as paredes estavam tremendo.

Na era das drogas psicodélicas, enquanto todos experimentavam ácido, Bowie não queria usar por causa da esquizofrenia de seu irmão. De volta a Londres, foi apelidado de Rainbow Man, e estava lentamente se transformando em Ziggy Stardust.

"David era magnético. Ele tinha carisma e era mais sedutor do que sexy. Na época, os ingleses eram muito diferentes sexualmente dos americanos, porque, apesar de estarem fazendo tudo à vista, ainda estávamos muito reprimidos", afirma Tony Zanetta, chefe da empresa que tratava os negócios de Bowie.

O sexo tornou-se sua grande fuga, e ele contava mais de mil mulheres que tinha levado para a cama. Entre elas, várias garotas de 12 a 15 anos, que ele escolhia nas boates de Los Angeles. Era como um vampiro procurando sexo. A cocaína, o café e a nicotina estavam acabando com ele. A vida mudou quando Bowie conheceu a supermodel Iman em um jantar em 1990, apresentado por um amigo cabeleireiro.

Capas da revista "Hello" com o casamento de Bowie e Iman, em 1992, e o nascimento de sua filha Alexandria Zahra Jones, em 2000 (Fotos: Reprodução)

 

"Encontrei minha alma gêmea", afirmou Iman. "Definitivamente, não queria entrar em um relacionamento com alguém como ele. Eu me apaixonei por David Jones, não me apaixonei por David Bowie ". Com a nova mulher, parou de fumar e de usar cocaína, e viveu os últimos dezessete anos de sua vida em Manhattan. Desapareceu dos holofotes para se dedicar à família e às sua enorme coleção de obras de arte.

Em 1985, visitou um médico que previu que ele viveria somente até os 70 anos. Quando descobriu que tinha câncer, se retraiu ainda mais – somente sua família sabia que estava morrendo. Depois de dois anos de quimio, morreu em janeiro de 2016, dois dias depois de seu 69º aniversário.

Sobre o autor

Amaury Jr. é jornalista e apresentador de TV. É o mais conhecido colunista social do Brasil e considerado o criador do colunismo social eletrônico no país, onde mantém um programa de TV há 39 anos ininterruptos.

Sobre o blog

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