Opinião: aos 72, Cher mostra que idade é um conceito muitíssimo relativo
[Por Amaury Jr.]
Dizem que as pessoas envelhecem como o vinho: ou ficam melhores ou azedam.
Fui ver o show de Cher, 72 anos declarados no palco, com essa premissa na cabeça. Cher mostrou que idade é um conceito muitíssimo relativo e que tem muita garota de vinte que precisa de umas liçõezinhas sobre o que é vigor e brilho.
É incrível. Ela nasceu com o vinil e sobrevive ao download.
Cher está ali na nossa frente, com seu carisma hipnótico, plateia lotando o Amaway Center de Orlando (a 1000 dólares uma cadeira no gargarejo), desfilando seus sucessos com uma banda impecável e a mesma voz que nos cativou décadas atrás. Engraçado é que a imagem que me vinha à cabeça era a de Elke Maravilha, aquele mesmo espalhafato nos figurinos que ela vai trocando, e cenários chacrinianos na sua plástica, malabaristas e uma linha de bailarinos que fariam Fernanda Chamma aplaudir de pé.
Outra coisa, Cher quer mostrar que está em forma física e abusa em se exibir em roupas mínimas. Bumbum arrebitado sem academia, curvas desejabilíssimas, bem desenhada, gostosa. O publico delira, principalmente o gay. Ela é a rainha dos gays, como Elke. Poucas vezes vi tantos gays a um só tempo, o que faz o espetáculo se prolongar pela imensa plateia.
E Cher fala, conta sua vida, projeta imagens de seu passado, seus amores, com um bom humor contagiante. Estranho quando o artista não dá um pio. Entra no palco, canta, canta, canta, dá um boa noite e vira as costas.
Prefiro como Cher, que abre a guarda e nos seduz com a lábia também.
Vale, e muito.
Sobre o autor
Sobre o blog
O blog traz notícias, bastidores e informações exclusivas sobre quem é assunto no showbiz, na cultura, na política, nos negócios e em todas as rodas sociais.
E-mail: contato@amauryjr.com.br