Miguel Falabella: "Pobre é uma coisa que nem o pobre gosta de ser"

Falabella sobre a falta de patrocínios: "Não sei onde isso vai dar".

Prestes a lançar o filme "Sai de baixo", em que escreve o texto e atua como o personagem de sua vida, Miguel Falabella foi direto quando questionado sobre como ficaria seu personagem Caco Antibes – que bradava bordões marcantes sobre pobre e levava a plateia às gargalhadas – nos dias atuais, ou melhor, em tempos de politicamente correto. "Isso é coisa de gente chata, que mata o bobo da corte em vez do rei. Em país ignorante, o politicamente correto é avassalador. Ninguém vai ofender minorias, mas pobre é uma coisa que nem o pobre gosta de ser", disse à repórter Roberta Pennafort, do jornal O Globo, na edição de hoje.

Falabella disse ainda que não ficou triste com o fim do "Vídeo Show", na Globo. "Brasileiro tem essa coisa cafona. Se a gente acaba, por que um programa de TV não pode acabar? Eu não assistia mais". O ator, diretor e produtor respondeu ainda que "dá vontade de chorar" com a falta de patrocínio de espetáculos teatrais. "Não sei onde isso vai dar. Vamos acabar batendo tambor, fazendo só monólogo, pecinha sem cenário".