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Claudio Oliveira, rei do bitcoin no país, no rumo de ser o maior do mundo

Da Redação

10/04/2019 19h01

Cláudio Oliveira: "Depois da invenção da roda, o bitcoin talvez seja a coisa mais inteligente que já vi até hoje" | Crédito: Adalberto Rodrigues

 

Dono do Grupo Bitcoin Banco, líder nacional em movimentação de bitcoins e uma das trinta maiores do segmento no mundo, o empresário Claudio Oliveira está feliz com a repercussão da primeira edição do Universo Bitcoin, o maior do gênero no Brasil e que entrará no calendário anual de São Paulo a partir deste ano. "Nós queremos mostrar que o bitcoin pode dar lucratividade e futuramente pode fazer parte do dia-a-dia financeiro de todas as pessoas no mundo", disse Oliveira.

Morando em Curitiba, ele comanda um império das criptomoedas no país. Em março, duas de suas corretoras – a Negocie Coins e a TemBTC – faturaram R$ 182 milhões com um modelo inovador de operação integrada. Nesta quarta-feira (10), a Negocie Coins, inclusive, galgou algumas posições nas últimas horas e está em 28o. lugar como maior do planeta. "Seremos a maior do segmento do mundo", disse. Antes de voltar ao palco do evento, na tarde desta quarta-feira no Hotel Unique , em São Paulo, Oliveira deu a seguinte entrevista ao jornalista Bruno Meyer:

Qual o objetivo de organizar um evento deste porte focado em bitcoin?

O bitcoin já é popular. As pessoas conhecem e muitas já investem nele. A ideia do evento é aprofundar e familiarizar como funciona o bitcoin no mundo mais tradicional. A minha empresa é isso: ela é toda estruturada em forma de um banco. Nós temos compliance, controles de informações, RH. Sempre brinco com os mais próximos que querem visitar a minha empresa, porque eles acham que tem teletransportadores, braços mecânicos e um monte de robôs falando. Não existe nada disso. Somos o que há de mais tradicional no mercado. Queremos transmitir e demonstrar para o público o dia-a-dia e a forma como a criptomoeda está se instalando no mercado comercial, financeiro, trazendo pessoas para desmistificar a criptomoeda. Eu acredito que, depois da invenção da roda, talvez seja a coisa mais inteligente que já vi até hoje.

 

Claudio Oliveira: "Você entende tudo de CDB? Não, mas você aplica. Digo o mesmo aqui: deixa as coisas para os especialistas"| Crédito: Adalberto Rodrigues

E como desmistificar o tema e deixá-lo mais atraente ao público em geral?

Quem conhece uma moeda virtual sabe que é algo fantástico. Eu dou o exemplo do CDB. Você entende tudo de CDB? Não, mas você aplica. Digo o mesmo aqui: deixe as coisas para os especialistas. Saiba que existe o bitcoin, entenda como funciona, mas deixe para os especialistas. Nós não queremos ensinar as pessoas a fabricar, ou criar, ou confeccionar ou trabalhar em bitcoin. Nós queremos mostrar que é algo que pode dar lucratividade e que futuramente pode ser algo que faça parte do dia-a-dia financeiro de todas as pessoas no mundo. Mas para isso tem de ser trabalhado e nós somos especialistas. Deixa nós trabalharmos.

Claudio Oliveira: "As pessoas acham que eu sou super moderno. Pelo contrário. Sou super conservador e gosto de fazer as coisas com o pé no chão" | Crédito: Adalberto Rodrigues

Como você se inseriu no mundo dos bitcoins?

Aos 17 anos, fui embora para Suíça estudar. Sou formado e tenho doutorado em engenharia financeira, e atuei sempre no mundo da finança. Venho de um mercado totalmente tradicional e do palco da finança mundial que é a Suíça. As pessoas brincam e acham que eu sou super moderno. Que nada. Pelo contrário. Sou super conservador e gosto de fazer as coisas com o pé no chão, mas sou um investidor audacioso. Sempre fui. Quando comecei o meu primeiro projeto no Brasil, eu queria inventar uma ideia nova: eu ia montar uma fábrica de buchas vegetais. Comecei a preparar, a fazer os projetos e, há dois anos, num bate-papo depois das 4 da manhã, horário em que acordo diariamente para ver minhas outras empresas na Europa, uma pessoa me questionou: Claudio, o que você acha do bitcoin? Perguntei: bit o que? Ele falou que isso promete e eu disse que ia dar uma olhada.

E aí?

Eu passei sexta, sábado e domingo estudando o tema e minha mulher brigou comigo: "Sai do computador". Fiquei fascinado por aquilo. Comecei a ver o mercado e vi que não havia ninguém profissional nessa área. Na segunda-feira, vim com a ideia: por que não unir os dois mercados, o tradicional e a tecnologia? Cheguei no escritório, havia três pessoas trabalhando comigo no projeto das buchas vegetais e disse: Para tudo! Vamos fazer outro projeto. Vamos montar um banco de bitcoins. Perguntaram: bit o que? Pedi para começarem a estudar, pois eu estava no meio do estudo e depois a gente conversa e decidimos lançar o BitCoin Banco. Notei depois que as pessoas não gostavam de escutar a palavra banco com Bitcoin. Essas coisas não batiam bem. Chamei uma pessoa da equipe e ela me indicou o responsável da Negocie Coins. Decidimos comprar a corretora. Sou do mercado tradicional. Eu nunca colocaria meu dinheiro num negócio que tem dois computadores atrás e um e-mail, mas nunca na minha vida. Vou fazer diferente. Vou fazer algo físico e foi aí que começou a nascer o grupo.

 

 

Sobre o autor

Amaury Jr. é jornalista e apresentador de TV. É o mais conhecido colunista social do Brasil e considerado o criador do colunismo social eletrônico no país, onde mantém um programa de TV há 39 anos ininterruptos.

Sobre o blog

O blog traz notícias, bastidores e informações exclusivas sobre quem é assunto no showbiz, na cultura, na política, nos negócios e em todas as rodas sociais.

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Amaury Jr.