ENTREVISTA: Escritora Thalita Rebouças celebra contrato com a Netflix
Sucesso entre jovens, com 2,2 milhões de livros vendidos, a escritora Thalita Rebouças comemora o contrato que acaba de assinar com a Netflix. Na quarta-feira (24), o gigante do streaming anunciou que está investindo em 30 projetos no Brasil, um de seus maiores mercados globais, entre séries, longas-metragens e documentários. Ted Sarandos, chefe de Conteúdo, revelou que vai investir pesado no público jovem: além de firmar contratos com Larissa Manoela e Maisa Silva, estrelas do SBT, a empresa fechou parceria com Thalita Rebouças.
O primeiro projeto original da autora para o Netflix será o filme "Quem Nunca?", história sobre três adolescentes que vão a um acampamento escolar depois de fazer um pacto de permanecerem solteiras, embora as coisas se compliquem quando ex-namorados aparecem.
Nesta quinta-feira, Thalita falou com exclusividade ao editor Bruno Meyer, do blog:
Como começou sua parceria com a Netflix?
Eu e a Netflix começamos um namorinho há uns bons meses. Eles disseram, desde o começo, que queriam fazer alguma coisa minha e, o principal, algo inédito, o que achei muito legal da parte deles. Eu estou começando nessa área de roteiro, achei muito bacana e me empolguei. Fiquei muito feliz com o interesse, porque sou fã deles. Hoje, a Netflix é importantíssima para toda essa revolução no audiovisual no mundo.
Após dezenas de livros, você fará sua estreia com um roteiro original para TV. Como tem se preparado?
Fazer cinema (a autora já adaptou para o cinema alguma de suas obras) tem sido um grande desafio, aprendizado, e tenho me cercado de pessoas que tem me ensinado muito. Tenho lido e estudado e visto muito, muito, muito filme para jovens adultos. A Netflix acha que eu sou adolescente, porque todas as sugestões que eles me dão são séries e filmes adolescentes. Eu adoro.
Quais suas séries favoritas?
Eu realmente tenho visto muito e me jogado de cabeça. As minhas séries preferidas: eu amei "Sex Education". Foi a série que eu queria ter escrito. Gostei da primeira temporada de "13 Reasons Why", mas a segunda eu vi pouco. Todas aquelas adolescentes, eu vi muito… Sabe aquela do menino autista que é maravilhosa… "Atypical". Também gosto de "A Casa das Flores", "La Casa de Papel", "Jane the Virgin" e "The OA".
Você escreve para adolescentes há quase duas décadas. O que mudou nesse tempo?
Não mudou nada. O que mudou nesse tempo foi o mundo na palma da mão, literalmente, dos adolescentes. Mesmo assim, os conflitos continuam os mesmos. Então, escrever para eles, com toda a tecnologia, é indiferente, porque eu falo de sentimento. Sentimento não tem clique, não precisa arrastar para aumentar a foto. É angústia, intensidade. Eu gosto de falar com o coração do adolescente. Gosto de fazer pensar, e isso independe do tempo em que ele está lendo um livro meu. Tem livro de 2003 que até hoje vende bem, porque fala de amizade, de pai e mãe, professores. São livros que podem ser lidos a qualquer tempo. Eu espero.
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