Fernando Holiday busca parceiro em apps: "Sou um homossexual conservador"

Holiday: "Os ativistas LGBT infelizmente foram dominados pela esquerda"

Um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre, o vereador Fernando Holiday (DEM) abriu o jogo sobre sua orientação sexual. Negro e gay, Holiday defende as reivindicações originais dos movimentos, mas critica veemente sua condução. "Nunca fui na Parada gay. Acho que não iam gostar muito da minha presença ali, porque os ativistas LGBT infelizmente foram dominados pela esquerda", disse. A declaração foi dado a Marcelo Bonfá em vídeo publicado nesta quinta-feira (09) no canal Pingue-Pongue com Bonfá, que o jornalista mantém no YouTube.

Em 2018, Holiday causou repercussão ao aparecer numa reportagem de capa da revista "Época" sobre o que pensam os "gays de direita". Em um dos trechos, a matéria dizia que "em respeito à Bíblia, o vereador diz que não se relaciona com nenhum rapaz há meses e que continuará com sua homossexualidade abstêmica". O político afirma que, embora esteja "encalhado", não é abstêmico – e que procura um parceiro em aplicativos de namoro. "Meu último relacionamento, no entanto, foi com uma mulher, há cerca de alguns meses".

Há dois anos, ele trocou a Igreja neopentecostal pelo catolicismo. Questionado sobre como lida com a religião, sendo gay, ele diz: "Eu acredito que, sendo católico, só há dois caminhos: ou você rejeita ao máximo a tendência homossexual, o que é um caminho árduo. Outro caminho é o homossexual conservador, ser alguém discreto. Exijo que você me respeite, como qualquer outro, e dentro disso você pode ter seu parceiro, de forma que você não se renda a depravação. As relações hoje são todas muito superficiais, e sempre baseada no sexo. Quando se tem uma relação fundada no amor, acho que consegue conciliar sua religiosidade com a vida privada", disse. "Não existe a cura gay, até porque não é uma doença. Acredito que, na maior parte dos casos, a pessoa nasce com uma tendência e segue pelo resto da vida".