Washington Olivetto comenta extradição de seu sequestrador para o Chile

Olivetto: silêncio para não ficar louco

O publicitário Washington Olivetto falou que não se sente aliviado, muito menos vai vibrar, com a decisão de Jair Bolsonaro de extraditar o chileno Maurício Hernandez Norambuena para o Chile nos próximos dias. A notícia foi dada na manhã desta segunda-feira (19) pela colunista Mônica Bergamo. De Londres, onde é consultor criativo da McCann Europa e vive com a família, ele afirmou que nem acompanhará o caso do homem que o sequestrou em 2001. "Quando terminou o sequestro, eu decidi não relembrar e não mais falar deste caso, nem do sequestrador. É uma decisão para não ficar louco", disse. 

Condenado a 30 anos de prisão, Norambuena foi preso em 2002 em São Paulo por associação criminosa, tortura e sequestro de Olivetto, que ficou 53 dias em um cativeiro em 2001. O chileno passou 16 anos em regime de isolamento até ser transferido, no começo deste ano, para a penitenciária de Avaré, no interior paulista. No Chile, o ex-guerrilheiro acumula duas condenações à prisão perpétua: por ser o mentor intelectual do assassinato do senador Jaime Guzmán e pelo sequestro de Cristian Edwards, herdeiro do jornal El Mercurio, ambos em 1991. O governo chileno pedia a extradição de Norambuena desde que ele foi preso pelo sequestro de Olivetto.