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#TBT Playboy, a revista da revoluçao sexual

Da Redação

14/05/2020 21h58

 

Em 1953, um jovem de 27 anos chamado Hugh M. Hefner lançou um projeto de uma revista dirigida a homens que, no decorrer dos anos, tornou-se a publicação mais popular do mundo. O sucesso foi tanto que a marca Playboy equivalia a marcas como Coca Cola , Disney e tantos outros. O interessante é que, nem o próprio Hefner, tinha certeza que esse projeto daria certo pois, na época, revistas dedicadas ao público masculino propunham uma visão rude e protagonizada por atitudes exageradas para demonstrar o nível de masculinidade.

Hefner ofereceu a seus leitores, um lado masculino totalmente oposto, homens elegantes e bem vestidos tendo em uma das mãos um martini e na outra um cigarro, imprimindo uma imagem de que também o mundo masculino sabe curtir a vida de maneira fina e requintada. Paralelamente recrutou para a Playboy autores de primeira  linha  como Tennessee Wiliams, Wladimir Nobokov, James Baldwin e a flor da nata dos ilustradores e fotógrafos da época. Toda esta moldura tinha um prato principal, a página central da revista, o grande trunfo, a playmate, expressão que acabaria se incorporando ao vocabulário popular americano. A idéia de Hefner foi inspirada na admiração que a sociedade da época tinha pelas extravagâncias cometidas pelos playboys, como Ali Kahan e Porfírio Rubirosa. O intuito era transmitir aos leitores que qualquer um poderia se tornar um playboy.

 

A revista virou uma instituição americana, e sobreviveu a todas as transformações sociais  da segunda metade do século passado e foi, sem dúvida, uma das publicações de maior êxito do mercado editorial do mundo.

O primeiro nome previsto por Hefner para sua revista seria Stag Party (Despedida de solteiro) mas o nome Stag já estava registrado o que impediu de ser usado. Então Hefner mudou o nome para Playboy .

 

Arv Miller foi o desenhista que criou o coelhinho como símbolo da revista e o diretor artístico Arthur Paul foi quem criou o famoso logotipo  da cabeça do coelho.

Ai está Hugh Hefner e sua máquina de escrever, no início da Playboy. Trabalhando sozinho, criou não só uma revista mas uma nova vida para os homens do seu país. Mesmo sendo o criador do projeto seu nome não aparece na primeira edição da revista. Escreveu a maior parte dos textos , incluindo uma nota do editor onde explicava o porque do nome Playboy – um manual de prazer ao gosto masculino. Mal sabia que estava iniciando uma trajetória de maior destaque na história editorial.

O primeiro número da Playboy mostrou  Marilyn Monroe nua, em novembro de 1953. Vendeu mais de 50.000 cópias, uma façanha para a época. Hefner comprou a foto feita por uma empresa de Chicago que produzia calendários eróticos.

Para deixar as playmates mais à vontade (muitas vezes tímidas e envergonhadas em posar nuas) Hefner contratou a fotógrafa Bunny Yeage, que foi autora da foto de uma das modelos mais famosas da década de 50, Bettie Page, em janeiro 1955. A partir dai montou um império, com night clubs, mansōes, programas de tv, canais a cabo, linhas de produtos com o logo do coelho e festas que atraiam a imprensa internacional.

Com a chegada da concorrência, como a  Hustler  e da internet, a Playboy começou a experimentar sua decadência, incluindo no Brasil.

Hefner, até o fim da vida rodeado por suas playmates

A humanidade gastou quase todas as suas reservas eróticas. Mulher nua ficou banal demais. É difícil que os homens reajam a uma fantasia do inconsciente. Elas já mostraram tudo na internet. E olhe que a internet vem sempre com photoshop…

 

 

Por: Celina Ferreira

Sobre o autor

Amaury Jr. é jornalista e apresentador de TV. É o mais conhecido colunista social do Brasil e considerado o criador do colunismo social eletrônico no país, onde mantém um programa de TV há 39 anos ininterruptos.

Sobre o blog

O blog traz notícias, bastidores e informações exclusivas sobre quem é assunto no showbiz, na cultura, na política, nos negócios e em todas as rodas sociais.

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