Histórias do arquivo XVII
Quem se encantava com a fala polida e macia de Joelmir Beting na televisão talvez não imagine que, na infância, passou um tempo sem falar.
Joelmir é de Tambaú, no interior de São Paulo, terra do Padre Donizetti, um sacerdote muito recatado que, no fim da vida, começou a causar fenômenos e atrair multidões.
O Padre Donizetti entrou na vida do nosso comentarista econômico quando ele tinha menos de sete anos. Beting foi brincar numa cachoeira em Rio Pardo e quase morreu afogado. Ficou quase dois minutos debaixo d'água e saiu traumatizado. Um trauma que se traduzia numa acentuada gagueira, tão intensa que o pequeno Joelmir acabou ficando mudo por seis meses, prejudicando seu ano escolar e preocupando muito a família.
Sua mãe resolveu levá-lo ao padre Donizetti, que o convidou primeiro para jantar. O padre só comia sopa de quiabo por causa do voto de pobreza. Era uma colher daquela gororoba e muita conversa. Outra colher e mais conversa. De repente, Donizetti pousa a mão em seu braço e pede para rezarem juntos o "Pai Nosso". Começaram a oração e a fala de Joelmir foi voltando. Quando chegou em casa estava curado da gagueira e do mutismo.
O Padre Donizetti acabou simpatizando com aquele garotinho . Passou a orientá-lo, despertando-o para a leitura e para sua real vocação, o jornalismo, estimulando-o a um curso de sociologia na USP. Foi o responsável por transformá-lo num jornalista. Mimi, na verdade, queria ser professor.
Mimi era o apelido caseiro de Joelmir.
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