Histórias do arquivo XXII
Sexo, amor, traição
"Eu não pago as mulheres para fazerem sexo comigo. Eu as pago para ter certeza que irão embora depois." Jack Nicholson
Sedução, adultério, separações, amores ilícitos, beijos fugazes. Os famosos e os jettsetters jamais conseguirão manter em segredo suas manobras amorosas. É da intimidade de cada um que todo mundo mais quer saber. Nem serão poupados da investigação implacável da imprensa que vive recoisando as coisas. O negócio da imprensa de celebridades é a vida particular. As audiências e vendas crescem muito quando se consegue entrar na esfera privada.
Um exemplo era aquele milionário paulista que era um dos principais personagens da Paris elegante nos últimos anos do século XIX. Tinha mesa cativa no Maxim's e usava pulseira e anéis coloridos. Estava no foco das atenções porque voava, seria o pai da aviação. Mas Santos Dumont despertava muito mais comentários pela maneira andrógina de se vestir do que por seus feitos extraordinários com balões e dirigíveis. Até hoje os historiadores fofoqueiros buscam provas para saber se ele era homossexual, como se isso importasse ou pudesse mudar alguma coisa. Santos Dumont vestia sapatos altos para disfarçar a baixa estatura e, dizem as más línguas, estimulou Cartier a lhe desenhar um relógio de pulso não só porque isso representasse tecnologia em vôo, mas também porque adorava pulseiras femininas.
O jornalista Paul Hoffman, que escreveu As Asas da Loucura, insinua que ele tinha um caso com o escritor e desenhista George Goursat.
O polêmico Fernando Jorge, cujo livro sobre Santos Dumont foi comprado por Hollywood para virar filme, mas até hoje nada aconteceu, tem desancado publicamente Paul Hoffman e todos que insinuam a homossexualidade de Dumont.
-Ele gostava é de mulher ! – decreta Fernando.
Cita Yolanda Penteado, que foi uma de suas paixões, antes dela se casar com Francisco Matarazzo, e também a viúva Olivia Guedes Penteado, que vivia em Paris atrás de obras de arte, e dezenas de outras mulheres que ele pesquisou.
Alguns historiadores defendem a tese de que Santos Dumont cometeu suicídio não só porque, naquele dia, na praia do Guarujá, viu aviōes sobrevoando o porto de Santos na Revolução Constitucionalista. Dizem que estava sim, depressivo pelo seu invento ser utilizado para a morte e destruição, mas que outro motivo seria a cantora lírica Bidu Sayão. Ela fora mais um de seus amores, que viveu com ele algum tempo no Hotel La Plage e o abandonou repentinamente, sem explicações, viajando para a Europa.
Baseado no depoimento de Raimundo de Menezes, Fernando Jorge informa que Santos Dumont se enforcou com a sua gravata. Raimundo de Menezes era delegado de polícia em 1932 e cuidou de remover o corpo do inventor para São Paulo, cumprindo ordens do governador Pedro de Toledo.
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