Histórias do arquivo XXXVI
O que mais ficou na minha lembrança com Chico Xavier – que nos recebeu duas vezes para entrevistas em Uberaba – foi o episódio que envolve o escritor brasileiro Humberto de Campos, que ele psicografou em Crônicas do Além Túmulo e Brasil Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. A viúva de Humberto, Catarina de Campos, foi à justiça reclamar direitos de autoria.
Como a Justiça se limita aos assuntos dos vivos já com dificuldade, recorreram ao parecer de meu pai, filólogo e pesquisador permanente da nossa língua, o professor Amaury de Assis Ferreira, para dizer com autoridade que aquele texto não poderia ter saído de outra pena senão a de Humberto de Campos. Uma análise técnica que só foi feita pela celeuma, pois era preciso ser provado que o texto era do finado. Nunca ninguém duvidou da psicografia do santo Chico.
O caso não deu em nada, mas ainda me recordo da análise precisa de meu pai, mostrando como se distingue, sem erro, uma autoria.
O que ficou também é a plena certeza que Chico Xavier veio para uma missão , cumprida com brilho invulgar aqui na Terra.
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