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Histórias do arquivo XXXVII

Da Redação

26/07/2020 20h16

O dia em que Jece Valadão broxou

Procurava-se a atriz ideal para o filme  Os Cafajestes, que viria a se transformar  num dos mais importantes da filmografia nacional. Ruy Guerra era o diretor e Jece Valadão o produtor.

Jece viu Norma Bengell de biquini na piscina de um hotel e ficou sem fôlego. A paixão bateu na aorta instantaneamente. Era ela, tinha que ser ela, a mulher tinha virado objeto incontrolável de seu desejo apesar de Ruy ter questionado aquela escolha emocional e intempestiva. Era preciso averiguar mais a sua aptidão artística para o roteiro – ponderava Ruy.

-Sou eu quem paga e ela será a atriz- sentenciou Jece.

Norma foi contratada e não decepcionou, para tranquilidade do diretor. As cenas iam sendo rodadas e ela ia muito bem. Jece nos sets, ficava flutuando numa nuvem de torpor, cortejando-a , esperando a oportunidade certa. Mas o tiro sairia pela culatra.

Foram centenas de investidas e Norma não queria nada com Jece. Recebeu tantas recusas que se arrependeu de tê-la colocado no papel principal. Teve ímpetos de se livrar dela, mas era tarde demais. O filme ia indo muito bem e já estava quase pronto.

Inconformado, esforçou-se  para sufocar a ardência  de não ter conseguido aquela mulher. O filme estreou, foi um estouro, projetou Norma Bengell, levantou prêmio em Cannes e explodiu na bilheteria.

Anos se passaram e Jece já havia alojado aquela frustação  que não mais o incomodava. Aí aconteceu o inesperado : estava numa festa quando cruza com Norma. Cumprimentam-se ficam frente a frente. Ela, belíssima , já um símbolo sexual brasileiro . Norma olha para Jace , bem nos olhos , com profundidade e … o convida para sair dali. Era a rendiçao, seu desejos represados iam finalmente explodir, virou um animal , arrastando-a para a cama mais próxima.

Deu zebra. O acúmulo de expectativa em tê-la era tamanho que o espírito continuava querendo , mas a carne não respondeu.

Guardei essa história , que o próprio Jece me contou numa noite em que todos lembravam a sua imagem de machão, mas agora tomei coragem de passar adiante.

Já é uma história benigna.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sobre o autor

Amaury Jr. é jornalista e apresentador de TV. É o mais conhecido colunista social do Brasil e considerado o criador do colunismo social eletrônico no país, onde mantém um programa de TV há 39 anos ininterruptos.

Sobre o blog

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