De Londres, Rosy Verdi

Mesmo em tempos em que vivemos, a vida cultural aqui em Londres continua em intensa atividade. Um exemplo é a exposição que ocupa agora os espaços da tradicional Tate Britain Gallery, na Grosvenor Road -Westminster- que, desde sua fundação em 1877, conta sempre com público constante e seletivo pela qualidade de seus artistas.

Tate Britain Gallery

Desde agosto de 2020, a exposição de Chila Kumari Singh Burman, inspirada nos festejos de Diwali -Festival das Luzes- uma tradicional celebração do povo hindu, é um sucesso absoluto e que atrai diariamente centenas de visitantes.

São trabalhos em neon, aplicados em colagens, gravuras em cores vibrantes que abordam a diversidade do cotidiano como carrinhos de sorvete, pirulitos, automóveis, fogos de artifícios, enfim, objetos que se correlatam com o Festival das Luzes, na Índia.

Chila Kumari Burman

Chila, a artista é conhecida e celebrada internacionalmente não só pela qualidade artística de seus trabalhos mas, principalmente, por sua ferrenha luta pelos direitos da mulher, usando seguidamente o tema como inspiração em sua arte em desenhos, gravuras, esculturas e também no cinema.

Nascida em Bootle, uma pequena localidade ao lado de Liverpool, é filha de indianos que emigraram da Índia nos anos 50. Fez sua formação acadêmica em três escolas de grande reputação: Southport College of Arts, Leeds Polytechnic e Slade School of Fine Arts. Desde jovem milita em favor das mulheres, em especial às do sul da Ásia.

Tate Britain Gallery

Um dos seus feitos literários que mais atraíram a atenção foi ter escrito em 1987 o livro intitulado "Sempre houve grandes mulheres negras", em contraponto ao livro da escritora Linda Nochilin que, em 1971, havia publicado o título "Por que não houve grandes mulheres artistas". 

 Por: Rosy Verdi