Foto de Kim Kardashian ajudou a resolver caso de sarcófago egípcio roubado

O caso de um roubo de um sarcófago egípcio do século 1 a.C. permaneceu como um mistério durante alguns anos, até que foi resolvido da maneira mais improvável possível: com a ajuda de uma foto de Kim Kardashian. Em um episódio do podcast 'Art Bust: Scandalous Stories of the Art World', Ben Lewis contou como tudo aconteceu.

Kim Kardashian ao lado do sarcófago de Nedjemankh no Met Gala 2018.

O caixão de ouro e incrustado de pedras preciosas do século 1 a.C.,do alto escalão do sacerdote egípcio Nedjemankh, foi desenterrado e roubado em 2011 e enviado a um negociante de antiguidades em Sharjah dois anos depois. O negociante, Hassan Fazeli, forjou um formulário de exportação no qual rotulou o sarcófrago intencionalmente errado para não levantar suspeitas sobre sua real origem. Entre tantas vendas ilegais e documentos alterados, o caixão chegou ao nova-iorquino Metropolitan Museum of Art (Met), que o colocou em exposição no Met Gala 2018. O museu o comprou por US $ 4 milhões.

Sarcófago de Nedjemankh.

No evento, Kim Kardashian tirou uma foto ao lado do sarcófrago, que rapidamente viralizou e chegou até Matthew Bogdanos, promotor público assistente de Manhattan e líder da unidade de tráfico de antiguidades da promotoria. Os investigadores conseguiram identificar o procurado caixão porque os saqueadores originais haviam acidentalmente deixado um osso de dedo para trás, provando que era, de fato, o caixão de Nedjemankh.

Kim Kardashian no Met Gala 2018.

Depois do roubo, Hassan vendeu o caixão para Roben Dib, o gerente do famoso Dionysos Hamburg da Alemanha. Quando Dib tomou posse da peça, ele falsificou uma licença de exportação egípcia alegando que era o caixão de Nedjemankh e que havia sido exportado legalmente 40 anos antes. Nada disso era verdade, mas ele queria se proteger de ser implicado em uma rede de crimes agora internacional, mas ainda assim ele foi preso depois da descoberta do Met 2018.